Sua trajetória começa em 1984, quando a Volkswagen, que carrega no nome o lema "O Carro do Povo", pretendeu fabricar no nosso país o primeiro modelo de luxo da marca. O Passat - que o antecedeu, mas conviveu com ele durante cinco anos - estava muito velho para enfrentar concorrentes modernos como Monza e Del Rey.
A solução foi produzir a versão sedã da segunda geração do Passat, lançada quatro anos antes na Europa. A tal variação três volumes, que surgiu um ano depois, era chamada de Santana, região montanhosa californiana que tem um vento forte, quente e seco. A matriz da VW tem o hábito de batizar os seus carros fazendo alusões a correntes de ar (Passat, Scirocco, Vento e Bora). E o nome Santana também foi adotado aqui no Brasil, onde teve mais sucesso de vendas que no Velho Continente. Lá, ofuscado pelo luxo dos Audis, ele mudou de nome para Passat em 1985 e evoluiu bastante, ao contrário do Santana daqui.
O Santana era um carro de linhas retas, capô longo, traseira levemente alta, faróis retangulares, lanternas finas e horizontais e grande área envidraçada, com direito a ampla terceira janela lateral. Media 4,54m de comprimento e tinha distância entre-eixos de 2,55m. O interior era muito bem acabado, com revestimento aveludado. Saídas de ar, comandos do ar condicionado e rádio toca-fitas eram concentrados numa espécie de caixote acima do console central. O quadro de instrumentos também estava no conjunto. Suas luzes de operação eram em LED, padrão que depois foi adotado em todos os modelos da marca por aqui: do Gol GL até o velho Passat.
O Santana chegou ao mercado brasileiro nas
versões de acabamento CS (Comfort Silver), CG (Comfort Golden) e CD (Comfort
Diamond). Além do ar condicionado e do toca-fitas, a CD completa também tinha
cintos de segurança de 3 pontos retráteis e apoios de cabeça nas extremidades do
banco traseiro, que também vinha com apoio de braço no centro, direção
hidráulica, vidros, travas e antena elétricos, lavadores de faróis e rodas de
liga-leve.
O único motor era um moderno 1.8, de 92 cavalos
com álcool (não existia flex), montado na posição longitudinal. O câmbio manual
de cinco marchas, também novo, era exclusivo da versão mais cara. As demais
tinham quatro. Havia também a opção de transmissão automática, de três
velocidades, além de uma luz no painel para indicar a mudança de marcha.
Em 1985 foi lançada a Santana Quantum, primeira
perua naci
onal de quatro portas desde a Simca Jangada dos anos 60. Naqueles anos
80, a maioria dos brasileiros só queria saber de carros de duas portas. Até as
concorrentes como Caravan e Belina e as compactas Panorama e Parati só existiam
nesta configuração. Desta forma, as quatro portas da Quantum não deixavam de ser
uma inovação e eram um atraente diferencial. Por causa desta peculiaridade
nacional, o Santana sedã também tinha uma versão de duas portas, inexistente na
Europa, mas a Quantum só com quatro.
A perua tinha bagageiro no teto e cobertura do
porta-malas sanfonada. Ela já usava o novo motor AP800, que rendia 94 cavalos a
álcool e 90 cv a gasolina. O sedã também adotou a novidade. No ano seguinte, a
linha ganhou uma leve reestilização. com para-choques dianteiros prolongados
quase até o chão. Houve mudança de nomenclatura das versões, que passaram a se
chamar CL, GL (com rodas de liga-leve de desenho exclusivo para ser a versão
esportiva da linha) e GLS (que posteriormente ganhou a opção de teto solar
chapado), além de ganhar uma bem básica, a C. Os faróis de neblina, exclusivos
da versão GLS, passaram para a grade, ladeados pelos faróis comuns. Os piscas,
que ficavam na extremidade da dianteira, se mudaram para o para-choque. Este
visual já era usado na Europa desde 1981 e, lá, as luzes de neblina eram
trapezoidais. O motor ganhou mais dois cavalos de potência, passando a render 96
cv com álcool... Para mais detalhes segue o link>http://novoguscar.blogspot.com.br/2012/11/historia-volkswagen-santana.html
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